hoje eu mandei fazer três óculos pra mim. um de grau, laranja; um escuro, com lente degradé, no estilo clássico e outro, escuros, no estilo meio K-9. lembra do K-9, aquele cachorro policial de um filme do mesmo título? aqueles óculos que parecem de ceguinho de antigamente qua anda batento com a varetinha pra todos os lados pra não desviar da calçada do benjamim constant, então, foi esse.
hoje eu fiz muitas coisas, dentre elas, suar bastante, desde que pensava em acordar. isso preencheu todo o meu dia e acho que não vai parar até chegar o inverno ou quando esse tempo der uma trégua. acontece que tive novamente uma vontade súbita de cantar... sim, eu tenho esse desejo há muito tempo: entrar no ônibus ouvindo uma música que eu amo, qualquer uma delas, e que eu saiba de cor. sentar mais ou menos no meio do ônibus e, de repente, ir até à roleta começar a cantar bem alto, do jeito que só eu sei: grave e desafinado, mas sentindo cada letra e silêncio entre as palavras e a melodia.
as pessoas poderiam cantar comigo sem que eu insistisse e com o embalo, pudessem levantar os braços e fazer movimentos de um lado pro outro, como se eu tivesse acertado na trilha sonora daquele momento da vida de cada um.
vou pegar os meus óculos na sexta. acho que vou usar um deles pra realizar o desejo de cantar uma música ao acaso, mesmo que eu não saiba de cor, mas apenas poucas partes ou apenas resmungar uns sons que digam respeito ao que sinto quando ouço àquelas palavras cantadas.
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